O Meu Desejo É:

O meu desejo é que o blog:http://jesusmeuguiaeprotetor.blogspot.com/ o ajude a conscientizar-se de sua situação e a buscar em DEUS o equilíbrio emocional, a sabedoria, a estratégia e aforça para vençer os obstáculos que se interpõem entre você e a sua vitória!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

BRILHANDO NA ARTE DE PENSAR


A arte de pensar é a manifestação mais sublime da inteligência. Todos pensamos, mas nem todos desenvolvemos qualitativamente a arte de pensar. Por isso, frequentemente não expandimos as funções mais importantes da inteligência, tais como aprender a se interiorizar, a usar as dores para crescer em sabedoria, a trabalhar as perdas e as frustrações com dignidade, a agregar idéias, a pensar com liberdade e consciência crítica, a romper as ditaduras intelectuais, a gerenciar com maturidade os pensamentos e as emoções nos focos de tensão, a expandir a arte da contemplação do belo, a se doar sem a contrapartida do retorno, a se colocar no lugar do outro e considerar suas dores e necessidade psicossociais.

Muitos homens, ao longo da história, brilharam em suas inteligências e desenvolveram algumas áreas importantes do pensamento. Sócrates foi um questionador do mundo. Platão foi um investigador das relações sociopolíticas. Hipócrates foi o pai da medicina. Confúcio foi um filósofo da brandura. Sáquia-Múni, fundador do budismo, foi um pensador da busca interior. Moisés foi o grande mediador do processo de liberdade do povo de Israel, conduzindo-o até a terra de Canaã. Maomé, em sua peregrinação profética, foi o unificador do povo árabe, que estava dividido e sem identidade. Há muitos outros homens que brilharam na inteligência, como Tomás de Aquino, Agostinho, Hume, Bacon, Spinoza, Kant, Descartes, Galileu, Voltaire, Rousseau, Shakespeare, Hegel, Marx, Newton, Max Well, Gandhi, Freud, Habermas, Heidegger, Curt Lewin, Einstein, Viktor Frankl, etc.
A temporalidade da vida humana é muita curta. Em poucos anos encerramos o espetáculo da existência. Infelizmente, poucos investem em sabedoria nesse breve espetáculo, por isso não se interiorizam, não se repensam. Se enumerarmos os seres humanos que brilharam em suas inteligências e investiram em sabedoria e compararmos esse número ao contingente de nossa espécie, ele se torna muito pequeno.
Independentemente de qualquer julgamento que possamos fazer, o fato é que esses seres humanos expandiram o mundo das idéias no campo científico, cultural, filosófico e espiritual. Alguns não se preocuparam com a notoriedade social, preferiram o anonimato, não se importando de divulgar suas idéias e escrever seus nomes nos anais da história. Porém, suas idéias não puderam ser sepultadas. Elas germinaram nas mentes e enriqueceram a história da humanidade. Estudar a inteligência desses homens pode nos ajudar muito a expandir nossa própria inteligência.
Houve um homem que viveu há muitos séculos e que não apenas brilhou em sua inteligência, mas era dono de uma personalidade intrigante, misteriosa e fascinante. Ele conquistou uma fama indescritível. O mundo comemora seu nascimento. Todavia, apesar de sua enorme fama, algumas áreas fundamentais da sua inteligência são pouco conhecidas. Ele destilava sabedoria diante das suas dores e era íntimo da arte de pensar. Esse homem foi Jesus Cristo.
A história de Cristo teve particularidades em toda a sua trajetória: do nascimento à morte. Ele abalou os alicerces da história humana através de sua própria história. Seu viver e seus pensamentos atravessaram gerações, varreram os séculos, embora ele nunca tenha procurado status social ou político.
Ele cresceu sem se submeter à cultura clássica do seu tempo. Quando abriu a boca, produziu pensamentos de inconfundível complexidade. Tinha pouco mais de trinta anos, mas perturbou profundamente a inteligência dos homens mais cultos de sua época. Os escribas e os fariseus – que possuíam uma cultura milenar rica, eram intérpretes e mestres da lei – ficaram chocados com seus pensamentos.
Sua vida sempre foi árida, sem nenhum privilégio econômico ou social. Conheceu intimamente as dores da existência. Contudo, em vez de se preocupar com suas próprias dores e querer que o mundo gravitasse em torno da suas necessidades, ele se preocupava com as dores e as necessidades alheias.
O sistema político e religioso não foi tolerante com ele, mas ele foi tolerante e dócil com todos, mesmo com seus mais ardentes opositores. Cristo vivenciou sofrimentos e perseguições desde a sua infância. Foi incompreendido, rejeitado, zombaram dele, cuspiram em seu rosto. Foi ferido física e psicologicamente. Porém, apesar de tantas misérias e sofrimento, não desenvolveu uma emoção agressiva e ansiosa; pelo contrário, exalava tranquilidade diante das mais tensas situações e ainda tinha fôlego para discursar sobre o amor no seu mais poético sentido.
Muitos autores, ao longo dos séculos, abordaram Cristo em diferentes aspectos espirituais: sua divindade, seu propósito transcendental. Seus atos sobrenaturais, seu reino celestial, sua ressurreição, a escatologia (doutrina das últimas coisas), etc. Quem quiser estudar esses aspectos terá de procurar os textos desses autores, pois a análise da inteligência de Cristo o investiga de outra perspectiva, de outro ângulo.
A inteligência é composta de muitos elementos. Em síntese, ela se constitui da construção de pensamentos, da transformação da energia emocional, do processo de formação da consciência existencial (quem sou, como estou, onde estou), da história inconsciente arquivada na memória, da carga genética. Aqui definirei a personalidade como a manifestação da inteligência diante dos estímulos do mundo psíquico, bem como dos ambientes e das circunstâncias em que uma pessoa vive. Todo ser humano possui uma inteligência, mas nem todos desenvolvem suas funções mais importantes.
Durante as quase duas décadas em que tenho pesquisado o funcionamento da mente, a construção da inteligência e o processo de interpretação, posso afirmar com segurança que Jesus possuía uma personalidade bastante complexa, muito difícil de ser investigada, interpretada e compreendida. Este é um dos fatores que inibiram a ciência de procurar investigar e compreender, ainda que minimamente, a sua inteligência.
Analisar a inteligência de Jesus Cristo é um dos maiores desafios da ciência.
Interpretar a história é uma tarefa intelectual das mais complexas. Significa reconstruí-la e não resgatá-la de maneira pura. Reconstruir os fatos, os ambientes e as circunstâncias do passado é um grande desafio. Se o leitor tentar resgatar as suas experiências mais marcantes, verificará que isso frequentemente reduz a dimensão das dores e dos prazeres vividos no passado. Estudaremos esse assunto. Todo resgate do passado está sujeito a limitações e imperfeições.
Se interpretar a história é uma tarefa intelectual complexa e sinuosa, imagine como deve ser difícil investigar a inteligência de Cristo, os níveis de sua coerência intelectual, sua capacidade de gerenciar a construção de pensamentos, de transcender as ditaduras da Inteligência, de superar as dores físicas e emocionais e de abrir as janelas da mente das pessoas que o cercavam.
Jesus possuía uma personalidade difícil de ser estudada. Suas reações intelectuais e emocionais eram tão surpreendentes e incomuns que ultrapassam os limites da previsibilidade psicológica. Apesar das dificuldades, é possível viajarmos por algumas avenidas fundamentais do seu pensamento e compreendermos algumas áreas importantes da sua inteligência.

(Fonte: Análise da Inteligência de Cristo – Augusto Cury).

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